A pandemia no Brasil resultou em mudanças completas no sistema de varejo e nos processos de compra, venda e de transações. Essas mudanças podem ser observadas não só aqui, mas em todo o mundo.
Tais transformações vêm implicando em mudanças sólidas que deverão se manter e se intensificar no futuro.
No fim de março de 2020, cerca de um mês depois do anúncio do que se entendia como primeiro caso de contaminação pelo Coronavírus no Brasil, governos estaduais e municipais decretaram estado de calamidade pública e passaram a adotar medidas restritivas como uma tentativa de evitar ou diminuir o índice de contágio da Covid-19 em seus territórios.
Cada estado estabeleceu diversas regras e normas para funcionamento de serviços de saúde e serviços não essenciais.
No estado de São Paulo, por exemplo, foi decretado estado de calamidade pública no dia 20 de março de 2020 e no dia 24 do mesmo mês, todo o comércio foi fechado, ficando em funcionamento apenas serviços essenciais como farmácias e supermercados.
Restaurantes e outros estabelecimentos passaram a ter o serviço de entrega em domicílio como única forma autorizada de funcionamento. No início isso ainda não supria a quantidade de vendas que normalmente um estabelecimento conseguia, mas aos poucos, as pessoas foram vendo que a situação não se resolveria em pouco tempo e que receber um pedido em casa era uma das formas de evitar sair e se expor ao vírus. As entregas em domicílio ganharam força.
O que mudou após um ano de pandemia no Brasil
Com todo esse tempo de isolamento social no Brasil, as “formas de viver” foram se adequando. Passamos por altos índices de isolamento, por números gigantes de contágio e de mortes e pela flexibilização das medidas restritivas começando a aparecer.
Não parece estarmos perto de um fim definitivo para essa situação, então precisamos olhar para o nosso percurso e entender as mudanças que foram impostas pela pandemia no Brasil, principalmente no varejo, e utilizá-las como uma ponte para um novo futuro.
Digitalização das compras
Supermercados e farmácias, mesmo nos decretos mais rígidos, continuaram funcionando, mas outros segmentos do varejo tiveram que inovar. Lojas virtuais, Marketplace, delivery, tudo foi essencial para manter a rotina de venda no Brasil e no mundo.
Com a pandemia no Brasil, o e-commerce sofreu um grande boom. E não é por menos. Dada a necessidade de ficar em casa, as empresas varejistas viram nas plataformas virtuais de venda uma forma de sobrevivência. Os consumidores compraram a ideia.
Uma pesquisa da consultoria SocialMiner apontou que 50% dos clientes ouvidos utilizaram o comércio virtual pela primeira vez na pandemia. Ao final de 2020, o Brasil já contava com mais de 1,3 milhão de lojas on-line.
Então, vender os produtos por canais digitais, seja em marketplace, em lojas virtuais ou mesmo por aplicativos de mensagens se tornou uma nova constante.
Novos meios de pagamento
Uma pesquisa realizada pela Worldpay from FIS apontou que, no Brasil, 40% da população já adotou os meios de pagamentos digitais. No mesmo sentido, um estudo realizado pela Capterra indica que 96% dos consumidores que passaram a utilizar essas novas formas de pagamento pretendem continuar fazendo isso mesmo pós-pandemia.
O aumento da utilização desses meios se deu pela necessidade de autoproteção e cuidado, como também pela característica de realizar transações de forma mais rápida e segura. A pandemia no Brasil fez surgir, portanto, uma nova forma de consumo.
As carteiras digitais, disponibilizadas ao público na forma de aplicativos para smartphones, computadores e outros meios digitais, como o Pix, novo modelo de transações digitais, facilitam e agilizam todos os processos de pagamentos e de transferências, representando o processo forte de diminuição da circulação do dinheiro físico.
Reeducação financeira
Adotar um planejamento adaptável é uma das “lições” de 2020, é uma forma inteligente de pensar em como lidar com as situações imprevistas e ter condições de responder a elas.
Uma loja de shopping, por exemplo, sofreu bastante com as restrições, pois esses espaços eram os primeiros a serem fechados, mesmo após o afrouxamento das medidas. Dessa forma, é preciso repensar o planejamento financeiro.
Com a diminuição do lucro de muitas empresas durante a pandemia, tornou-se ainda mais necessário ter um planejamento financeiro sólido e realista, junto com a observação e organização de fluxo de caixa e de estoque.
É preciso entender o contexto e redefinir a estratégia para atingir objetivos viáveis, que estão condicionados também às variáveis externas.
Investimento em Marketing Digital
O marketing digital, nesta situação de pandemia, é o que tem sustentado a relação do cliente com as empresas e auxiliado na retomada de vendas que se fazem, cada vez mais, sob um processo virtual.
É um trabalho estratégico de estudo e produção digital, para atrair clientes e tentar posicionar o seu negócio na web por meio de estratégias de otimização.
O estudo “Novos hábitos digitais em tempos de covid-19″, que entrevistou mil pessoas em todo o país, mostrou que a crise, resultante também da pandemia, fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para poder manter os negócios em operação.
Mídias sociais, ferramentas de busca, análise de dados e de desempenho, interação constante e fidelização de clientes, conteúdo direcionado e com finalidades especificas são estratégias de marketing digital que se fortalecem e, certamente, se manterão ativas pós pandemia.
Transformação digital interna
A evolução tecnológica dentro das empresas varejistas foi acelerada pela pandemia de Covid-19. Automatizar processos internos representou uma maneira de reduzir custos e se adequar, de forma eficiente, ao trabalho remoto, bem como as novas tendências surgidas no mercado.
Aplicação de metodologias ágeis, utilização de plataformas on-line de conversação e ferramentas de gestão retoma de atividades, estes foram alguns dos instrumentos que foram adotados pelas empresas e tendem a permanecer.
A pandemia no Brasil, mas também no mundo, possibilitou que as empresas olhassem para si como outros olhos e buscasse propor melhorias que adequasse a essa nova realidade ao mesmo tempo que garantisse a lucratividade.
Quer entender melhor como se comportaram os meios de pagamento durante o ano de 2020 e o que se espera para os anos seguintes? Confere nosso material especial “Mundo Financeiro de 2021”.
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