Com a proximidade de um ano novo, nada melhor do que reavaliar algumas metas e planejar a gestão financeira empresarial para que seu negócio possa evoluir com sustentabilidade e se manter ativo e competitivo no mercado, seja de qual segmento for.
De acordo com dados do Sebrae (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 16% das empresas que fecham nos primeiros dois anos alegam como motivo a falta de capital. Ou seja, muitas companhias têm que fechar suas portas porque não têm dinheiro para manter a engrenagem girando. Isso é fruto de uma falta de planejamento e de gestão financeira.
Esse mal pode não acometer você, desde que faça a lição de casa e realize uma boa gestão dentro da empresa. Então, se você quer ter um 2021 mais promissor e com as finanças nos trilhos, continue a leitura!
A importância de uma boa gestão financeira empresarial
Ao realizar o diagnóstico de uma empresa, o que aponta se ela está saudável e caminhando de acordo com o planejamento estratégico são, principalmente, os resultados financeiros. Quando a receita é capaz de cobrir todos os custos que a empresa tem para funcionar, dá margem de lucro significativa e dinheiro suficiente para investir, significa que a gestão financeira empresarial está muito bem organizada.
Porém, sabemos que a maioria não consegue alcançar indicadores satisfatórios, e o resultado é ver muitos negócios tendo que parar suas operações ou tomar medidas que impactam a vida de todos os envolvidos, como demissões em massa.
Ter uma gestão financeira empresarial consistente é o que permite que uma empresa lucre e tenha bons resultados. Dentro das funções administrativas, ela é uma das mais importantes e se dá por meio de uma série de práticas que visam estruturar o negócio e otimizar as tarefas com ferramentas e novas tecnologias.
10 práticas para otimizar a gestão financeira empresarial
A seguir, apontamos algumas práticas de gestão financeira empresarial mais comuns no dia a dia que são capazes de manter sua empresa em um ambiente confortável. Confira:
1 – Organize o controle das finanças
Uma boa gestão financeira empresarial começa com um bom planejamento. Muitos gestores não têm ideia do que entra e do que sai do caixa da empresa todos os dias, tampouco fazem acordos com os credores, simplesmente porque não sabem o que realmente acontece no caixa. Esse é um dos maiores erros que acaba prejudicando o crescimento do negócio.
É extremamente importante ter ciência sobre todo os pagamentos, cobranças, entradas e saídas para entender que rumos a empresa deve tomar e para onde não ir.
2- Use a abuse das ferramentas financeiras
Para acompanhar indicadores, gerar relatórios, identificar gargalos e pontos de atenção, é preciso utilizar uma série de ferramentas financeiras que dão um norte sobre o que se deve fazer.
Entre essas ferramentas, podemos elencar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Balanço Patrimonial (BP), Fluxo de Caixa (FXC) e Controle Orçamentário. Dificilmente, uma empresa terá resultados financeiros confiáveis e impactantes se sua equipe não utilizar essas ferramentas.
3 – Capacite os colaboradores
Muitas empresas têm buscado apoio em sistemas e ferramentas que ajudem a facilitar a gestão empresarial como um todo. Como o setor financeiro requer atenção e conhecimento especializado, é fundamental que os colaboradores saibam utilizar essas ferramentas, como as citadas no tópico anterior, e passem por reciclagens que visem melhorar e otimizar sua usabilidade.
Apesar de a rotina financeira não mudar tanto com o passar dos anos, novas tecnologias são criadas e inseridas no mercado para ajudar a facilitar a vida das equipes financeiras e potencializar sua produtividade. Portanto, essas pessoas precisam estar por dentro dessas novas tecnologias e capacitadas para utilizá-las.
4 – Administre bem o caixa
Para um controle de gastos realmente efetivo, não importa qual seja o nicho, a empresa precisa realizar a administração do fluxo de caixa. Isso está relacionado à realização de uma conciliação financeira efetiva, capaz de dar uma visão geral dos processos financeiros.
O controle de entrada e saída proporciona saber exatamente a receita do dia, da semana e do mês. Com isso, toda a gestão se torna mais eficiente e ajuda a empresa na tomada de decisões futuras.
5 – Determine um valor de investimento
É importante ressaltar que a gestão financeira empresarial não se restringe apenas às tarefas cotidianas da empresa, mas também à necessidade de construir um cenário propício para manter a empresa competitiva.
Por isso, além de economizar e rever os gastos, é preciso definir um valor de investimento a ser aplicado em novas pessoas, processos e ferramentas. Para continuar crescendo, é preciso investir uma parte do seu lucro, pois, caso contrário, o negócio corre o risco de ficar obsoleto.
6 – Se atente aos custos fixos e saiba precificar
Todo controle financeiro, para ser assertivo, precisa ter como base saber o custo fixo dos produtos, serviços e compromissos administrativos, como pagamento de aluguel, energia, internet, pessoal etc.
Pode parecer algo básico, mas muitas empresas não têm controle sobre o que realmente gastam para manter a sua empresa, o que é um tremendo erro.
Com esse controle em ordem, você poderá ainda precificar os seus produtos e serviços de forma mais compatível com a realidade. Não significa cobrar mais, mas sim o preço justo para não ficar no prejuízo.
7 – Evite o desperdício
Uma boa gestão financeira empresarial passa também por comportamentos humanos. Muitas empresas acabam entrando em dívidas e não conseguem obter resultados positivos em seu negócio por conta do desperdício, seja ele de materiais, de estoque e até mesmo nos hábitos ruins dos colaboradores.
Para varejo, é importante ter na ponta do lápis o status do estoque, para não comprar demais e acabar com produtos empilhados. Caso isso aconteça, a empresa tem que agir na redução de danos e vender com valores inferiores apenas para não sair perdendo.
O desperdício está relacionado não somente aos produtos vendidos, mas também a todo o patrimônio da empresa, tangível ou intangível, como consumo de água, energia, copos, folhas, ferramentas de trabalho, entre outras.
Sensibilizar a todos da empresa com conteúdos educativos para evitar o desperdício é uma ótima alternativa.
8 – Defina metas com base na sua realidade
Faz parte da gestão financeira empresarial ter algumas referências de como estão operando os concorrentes, por exemplo. Porém, isso deve servir de parâmetro até certo ponto, porque, na prática, cada negócio tem uma realidade distinta e que precisa de metas alcançáveis. Caso contrário, o risco de frustração é enorme.
O ideal é que, após um diagnóstico assertivo e fiel, se estabeleçam metas que estejam diretamente relacionadas ao planejamento estratégico e que possam contribuir para a boa gestão financeira.
9 – Faça a conciliação financeira
Otimizar a gestão financeira empresarial tem tudo a ver com ter total noção das entradas e saídas financeiras, das perdas por falhas operacionais e dos ganhos por otimização de processos.
Esse panorama só é possível por meio da conciliação financeira, que é o confronto de todas as informações financeiras da empresa, tanto de vendas quanto de pagamentos, cobrança e dos extratos bancários.
Olhando especificamente para esses quatro processos, você consegue saber se realmente todo o valor de venda foi recebido, se todos os pagamentos foram devidamente realizados, se as cobranças necessárias foram liquidadas, como também mapear a entrada e saída dos valores das suas contas correntes.
10 – Adote uma ferramenta de conciliação financeira
Como explicamos, a conciliação financeira é um processo imprescindível para qualquer empresa. O problema é que essa tarefa, quando realizada manualmente, traz mais dores que soluções.
Dessa forma, é importante adotar uma ferramenta automatizada de conciliação financeira para se ter, a poucos cliques, todo um raio x das finanças da sua empresa.
Com uma ferramenta dessas, você tem processos muito mais simplificados e capazes de dar o melhor norte para a tomada de decisão.
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