As maquininhas de cartões estão espalhadas por vários balcões de lojas, mediando transações de milhões de produtos e serviços entre pessoas físicas e empresas. Elas são equipamentos utilizados, sobretudo, para pagamentos presenciais.
Por ser um objeto tão presente no nosso dia a dia, algumas dúvidas sobre seu funcionamento são bem comuns. Para entender como funcionam as maquininhas de cartões de crédito, é preciso antes conhecer as etapas e os agentes desse processo.
Quer saber como? Então, leia o post até o final e entenda a complexidade desses dispositivos, suas vantagens, desvantagens e suas taxas.
Números das maquininhas de cartões
Há cerca de 10 anos, existiam apenas duas grandes credenciadoras que disputavam a liderança na “guerra das maquininhas”. Atualmente, mais de 30 adquirentes e 290 subadquirentes entraram no jogo, segundo a Câmara Interbancária de Pagamentos.
Isso representou uma distribuição massiva nos dispositivos nas empresas no território nacional. De acordo com Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, no fim de 2019 existiam cerca de 9 milhões de maquininhas POS ativas no País.
Esse número só aumentou com tempo, assim como a quantidade de transações. Ao final de 2020, foram transacionados mais de R$ 2 tri em cartão de crédito e débito em todo o país, segundo a ABECS.
Mesmo com o impacto da pandemia, esse número representou crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior.
Quem participa da venda na maquininha
Antes de entender como funcionam as maquininhas de cartões de crédito, precisamos avaliar quais participantes estão envolvidos nesse processo. Sendo assim, vamos destacá-los abaixo:
Consumidor ou portador do Cartão
É quem realiza a compra pelo cartão mediante senha ou qualquer outro tipo de segurança para confirmar a finalização da compra.
Estabelecimento Comercial
É quem oferece o produto ou serviço com a utilização das maquininhas de cartões.
Credenciadora, operadora ou adquirente:
Facilita o fluxo de informações que são trocadas entre as maquininhas de cartões, o processador de pagamentos e o banco do cartão de crédito do cliente.
Instituidor do Arranjo de Pagamento (Bandeira)
Mediam as operações entre o usuário e a operadora. definindo limites, prazos e as regras de uso do cartão.
Emissor do Cartão
O banco ou instituição que emite o cartão de crédito, bem como a sua bandeira.
Instituição Domicílio do Estabelecimento Comercial
O banco no qual o vendedor do negócio possui conta e que realiza todos os processos que envolvem todas as transações de crédito e débito do vendedor.
Como funcionam as maquininhas de cartões?
Com todos esses agentes enumerados, confira agora como funciona o processo de vendas em uma maquininha de cartão.
- O consumidor se dirige até estabelecimento e opta por pagar pelo produto ou serviço através de cartão;
- o estabelecimento comercial disponibiliza a maquininha (POS ou TEF) para que a transação seja realizada;
- quando o cartão é passado, os dados da venda são enviados para a credenciadora;
- a credenciadora se conecta à bandeira para identificar o Emissor do Cartão e checar se a transação é possível;
- se o consumidor tem saldo disponível ou limite no crédito, então a credenciadora é notificada e a transação é autorizada;
- a requisição retorna ao dispositivo da empresa, o recibo é impresso e a venda é concluída.
Tipos de maquininhas de cartões de crédito
No mercado, existem diversos tipos. Conheça alguns deles abaixo:
POS
Sendo a mais comum, esse tipo de máquina funciona através da sua conexão a uma linha de telefone, imprimindo a Nota Fiscal, sem precisar de um segundo dispositivo.
Por ser parceira de diversas empresas de cartões de crédito, é necessário verificar quais são as bandeiras aceitas.
POS Wireless
Praticamente igual ao POS, mas já tem a sua funcionalidade baseada em rede wireless. Contudo, é interessante adquirir esse tipo de máquina tendo certeza que a qualidade do Wi-Fi seja eficiente.
Caso o sinal oscile com frequência, os processos de compras e vendas serão mais trabalhosos, causando incômodo para clientes.
TEF
Maquininhas de cartões do tipo TEF são utilizadas através de uma conexão com a internet, ou a um computador. Dessa forma, dispõe de links que podem trabalhar de forma simultânea com a geração e emissão de Notas Fiscais.
Uma de suas vantagens é o fato desse modelo poder trabalhar com mais de uma adquirente.
Vantagens e desvantagens das maquininhas de cartões de crédito
Vantagens
- Mais confiança e reconhecimento dos clientes na hora de fechar negócios;
- Otimização de tempo oferecendo praticidade e rapidez em processos de pagamentos
- Aceitam diversas bandeiras, pagamentos em moeda estrangeira, vale alimentação, etc;
- Permite serviços secundários, como recargas de celular.
Desvantagens
- Processo burocrático para liberação de uso e processo que varia entre as empresas;
- Cobrança de taxas por cada transação realizada;
- Operação sujeita à fraude;
- A qualidade da cobertura da internet, Wi-Fi ou telefonia afeta na hora da venda, podendo até impedir a transação.
Taxas das maquininhas de cartões de crédito
O processo de venda nas maquininhas de cartões acontecem em milésimo de segundos. Por utilizar a tecnologia e a estrutura de várias empresas, os empresários precisam pagar pela utilização dos serviços.
Confira abaixo os principais valores cobrados.
Mensalidade
A taxa de aluguel mensal da máquina de cartão depende do modelo escolhido. Elas estão diretamente ligadas à quantidade de funcionalidades oferecidas pelas operadoras.
Em alguns casos, também pode ser necessário pagar um valor no ato de adesão
Taxa de aquisição
É o valor pago ao comprar a maquininha. Não há mensalidades e são cobradas apenas as taxas por vendas realizadas pelo aparelho.
Tarifa de venda
É a taxa porcentual cobrada sobre a venda do produto. Ela pode variar conforme a empresa escolhida e o tipo de transação (crédito, débito ou parcelado, por exemplo).
O que vem depois da venda
Todo lojista precisa entender como funciona a maquininha de cartão de crédito para poder utilizá-la em seu negócio sem problemas que pode gerar prejuízos e perdas financeiras.
No entanto, muitos esquecem que o processo não se encarra com a venda. Depois disso, é preciso garantir que, de fato, os valores transacionados pelas maquininhas caíram na conta da empresa.
Esse processo, uma espécie de auditoria, é chamado de conciliação de vendas.
No caso das transações feitas por cartões de crédito ou débito, ele confronta as informações das operadoras de cartão, do seu sistema de gestão e do seu extrato bancário.
Assim, é possível garantir que todas as vendas foram confirmadas, seus valores foram repassados e as taxas foram descontadas da forma correta.
Percebeu que saber como funciona a maquininha de cartão não é suficiente para o pleno sucesso do seu negócio? É preciso ir além!
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