O uso de aplicativos de delivery no Brasil está crescendo a cada dia, assim como em outros países. O cenário tecnológico, aliado ao momento de pandemia, fez mais pessoas passarem a utilizar esse tipo de serviço. Por isso, saber se vale a pena investir nesse mercado é essencial para qualquer negócio varejista que busca crescimento e competitividade.
Panorama dos aplicativos de delivery no Brasil
O Brasil é o país da América Latina que mais utiliza serviço de delivery, sendo responsável, em 2021, por quase metade do uso. Em números, o Brasil representou 48,77% do uso de delivery da América Latina, vindo logo após o México com 27,07% e a Argentina com 11,85%.
Nessa perspectiva, o uso se divide entre aplicativos de entrega de produtos (RAppi, Loggi) e os aplicativos de alimentação (Uber Eats, Ifood), que são as famosas plataformas de comida.
Segundo o Digital Market Outlook, a previsão até 2024 é que o Brasil alcance 17,3 milhões de usuários em aplicativos de alimentação, o que já vem se cumprindo em razão da pandemia.
Por conta do isolamento social que iniciou em 2020, o Brasil ganhou muitos novos consumidores desse tipo de serviço, sendo cerca de 96% em produtos de mercearia e de 165% em itens de cesta básica.
Esses dados significam que o mercado de aplicativos de delivery no Brasil está em alta, demonstrando investir nesse segmento, principalmente nos app de comida, pode ser uma boa opção.
Inclusive, a opção por usar aplicativos para o consumo de alimentos e produtos domésticos faz parte de um movimento de digitalização do consumo e dos meios de pagamentos.
Agora, tudo é virtual, o dinheiro não está mais nas carteiras e sim nos aplicativos, contas digitais, etc, o que muitos já têm chamado de “dinheiro do futuro”.
Quais são as melhores opções no mercado
A oferta de aplicativos de delivery é grande, pois existem várias opções para as empresas adotarem, seja no ramo de restaurantes, seja no ramo de entregas em geral. Por isso, conhecer os mais populares pode ajudar no momento da escolha.
Veja, a seguir, algumas das opções ofertadas no Brasil.
iFood
O iFood é o maior app de delivery dentro do segmento de comida no Brasil. Em termos de utilização, no primeiro mês de isolamento social, março do ano passado, o aplicativo registrou 30,6 milhões de pedidos no Brasil. Nessa época, havia 160 mil restaurantes registrados na plataforma. Em agosto de 2020, esse número saltou para 236 mil.
Em questão de satisfação pelos consumidores, as notas nas lojas App Store e Google Play são de 4,8 e 4,6 respectivamente, o que é uma ótima avaliação.
O aplicativo permite que diversos tipos de empresas se cadastrem para ofertar seus produtos aos consumidores. Os principais são os restaurantes, mas há também mercados e mercearias, algo que foi muito potencializado durante a pandemia.
Uber Eats
O Uber Eats é o aplicativo de entrega derivado do Uber, o aplicativo de transportes. Assim como o Ifood, também iniciou suas atividades apenas com entrega de comida, mas foi abrindo para outras possibilidades, como farmácia e mercado.
Segundo pesquisa da empresa de inteligência Compre&Confie, entre os aplicativos de delivery, o Uber Eats é o segundo mais utilizado (18%), mas ainda muito atrás do Ifood (71%).
Funciona por geolocalização e permite que todas as viagens sejam acompanhadas pelo app em tempo real.
Rappi
Outra opção de aplicativo de delivery no Brasil é o Rappi, que abarca diversas categorias, como restaurantes, supermercados e farmácia.
Por ter uma cartela de possibilidades de produtos, o Rappi cresceu muito logo no começo da pandemia. Em março de 2020, a taxa de crescimento aumentou 300% em relação ao ano anterior.
O crescimento se deu também no número de colaboradores. O número de shoppers triplico e o de entregadores, quadriplicou. No que se refere ao número de estabelecimentos, houve um aumento de 30% no número de farmácias e supermercados.
Loggi
O Loggi é um app um pouco diferente da proposta dos anteriores, pois ele funciona com entregas de motoboy, automóveis e até mesmo avião. É, em resumo, uma nova forma de se fazer logística.
Por essa características, esse serviço se torna mais amplo, pois abrange também entregas de escritórios e plataformas de e-commerce.
Essa opção de app também permite que o cliente faça um pedido de encomenda em específico para o motoboy e o pagamento é feito por cartão de crédito ou boleto bancário.
James
Este aplicativo de delivery nasceu como startup mas logo foi adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar, aumentando a sua capilaridade no mercado varejista. Em 2017, por exemplo, atingiu um crescimento de 800%.
Nesse app, o cliente pode solicitar qualquer tipo de produto disponível nos mais de 4000 estabelecimentos cadastrados, como produtos de limpeza, alimentícios ou para saúde. O shopper do James faz as compras para você no local indicado e entrega no endereço cadastrado.
As vantagens de trabalhar com aplicativos de delivery
Como você pôde ter notado, os aplicativos de delivery atendem diversas necessidades das pessoas e estão a poucos cliques de distâncias. Mas essa é só apenas uma das vantagens que ele representa.
Além disso, podemos citar:
Rentabilidade
Esse é o primeiro ponto que merece ser citado. Em tempos de isolamento social e restrições de funcionamento de bares e restaurantes, principalmente, oferecer o serviço de delivery é a primeira opção a ser pensada para evitar prejuízos financeiros.
Para você ter uma ideia, o Grupo Madero, famosa rede de hamburguerias, chegou a alcançar 80% do faturamento das lojas só com o serviço de delivery durante os meses mais rígidos de lockdown. Antes do coronavírus, esse valor não chegava a 1%.
Não só para o Madero, mas para praticamente todos os negócios do mundo, apostar nos aplicativos de delivery foi a melhor saída.
Alcance
Nesse sentido, uma das principais vantagens de trabalhar com apps é conseguir atingir um número maior e diversificado de pessoas. Com ele, você atinge um público além do seu raio de atuação, inclusive de bairros mais distantes.
Por meio de um app, seu estabelecimento pode ser conhecido sem que você necessariamente precise fazer altos investimentos em marketing, pois o cliente encontra você organicamente. Você só precisa estar lá.
Competitividade
Em 3 anos, o número de usuários de aplicativos de delivery deve chegar a 40 milhões somente no Brasil. Ou seja, com tanta gente lá, é preciso ter estabelecimentos suficientes para atender a essa demanda.
Como todos estão lá – clientes e empresas –, quem não estiver, fica para trás. Portanto, fazer parte dos principais aplicativos de delivery – ou daqueles que fazem sentido para o seu negócio e público-consumidor – é inevitável.
Dessa forma, você pode trabalhar com aplicações de cupons com descontos ou promoções, como vouchers a cada x compras, para se tornar mais competitivo.
Essa necessidade de fazer melhor para ser visto leva a uma competitividade saudável em que tanto empresa quanto cliente saem ganhando. O resultado: lucro e reconhecimento de marca.
Praticidade
Não precisamos falar o quanto é prático para o cliente utilizar aplicativos de delivery. Isso vale também para as empresas.
Isso porque, no aplicativo, os pedidos chegam conforme a ordem de solicitação dos clientes, o que leva a uma melhor gestão desses pedidos.
Essa opção ganha pontos em relação a outras plataformas de pedidos, como WhatsApp ou sites específicos para isso, porque o funcionário da loja precisa transferir essa informação para o software de gestão da loja ou, no mais arcaico dos cenáriso, anotar o pedido.
Segurança
A maioria dos aplicativos permite que os clientes deixem cadastrados os dados de cartão de crédito ou débito para pagamento. Dessa forma, você não precisa se preocupar em passar troco ou enviar maquininhas de cartão.
Além disso, cria-se um ambiente mais seguro até para o entregador, que não precisa trafegar com dinheiro, o que inibe o risco de assaltos.
Todo o dinheiro transacionado é repassado após determinado período, mas com as devidas deduções das taxas praticadas pelas operadoras.
E por falar em taxas, você faz a conciliação de vendas?
Como citamos anteriormente, todas as vendas realizadas via aplicativos de delivery são transacionadas pelas operadoras (Rappi, Uber Eats, Ifodd etc.), desde o recebimento do pedido ao repasse do valor da compra.
A questão é que no meio desse percurso podem ocorrer falhas que levem a inconsistências na cobrança das tarifas, na quantidade de pedidos finalizados e mesmo nos valores repassados.
Como resolver esse problema? Por meio da conciliação de vendas por delivery. Nesse processo, as informações registradas pelo sistema de gestão da empresa são confrontadas com as repassadas pelas controladoras dos aplicativos e com os valores creditados nas contas da empresa.
Dessa forma, é possível identificar se houve falhas e onde. Quando há inconsistências, é possível agir em cima para resolver o problema e não trazer prejuízos ao negócio.
O mercado do serviço de delivery está crescendo e não dá sinais que vá frear nos próximos anos. Então, investir nesses aplicativos é fundamental. Mas, além disso, é fundamental conferir toda a jornada da venda para não perder dinheiro.
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